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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Bilhetagem eletrônica : do Passe Fácil da EMTU a integração temporal do Grande Recife


Em Pernambuco a polêmica da catraca eletrônica começou a circular em 1981 , onde o sindicato previa a demissão de 6 mil cobradores . 

 Cartão Passe Fácil , começou a ser utilizado pelos estudantes no final dos anos 90

O Sistema de Bilhetagem Eletrônica ( SABE ) começou a ser implantado no Grande Recife em 1998 , considerado o terceiro maior projeto de bilhetagem eletrônica do mundo ; Passou a funcionar em março de 1999 , com os 17 mil rodoviários da RMR , em seguida entraram no sistema os estudantes . O Passe Fácil viria substituir de vez o vale de papel . A figura do cobrador não foi extinta , ele passou a ser um fiscal e também  um vendedor de passagens ao usuário que não possuía cartão . 

Em 2003  o cartão eletrônico já era utilizado pela maioria dos trabalhadores da região metropolitana do Recife . 

Implantação da catraca eletrônica pelo Brasil

 A catraca eletrônica foi implantada nos ônibus de Curitiba no começo dos anos 80 , no corredor do eixo Boqueirão , dispensando os cobradores no interior dos ônibus , em 1982 recebeu uma atualização , e até hoje a capital do Paraná tem seu sistema de ônibus copiado em várias cidades do Brasil . O ministro dos transportes na época cogitou a possibilidade de adotar o novo modelo de cobrança em todo Brasil. Em outros países do mundo a figura do cobrador já não existia há algum tempo .

O equipamento começou a ser testado em São Paulo no ano 1990 nos ônibus da CMTC ,  liberava a passagem do usuário através de fichas de plástico magnetizadas , tinha início aí a retirada dos cobradores de duas linhas que testaram o serviço na capital  .

Em 1995 a integração tarifária através da bilhetagem eletrônica foi implantada em caráter de testes na cidade de Manaus , permitindo que o usuário utilizasse mais de um ônibus sem pagar uma nova passagem , dentro do intervalo de uma hora , mas a adoção ao novo sistema por toda frota foi iniciada em 1999.  O cobrador não foi retirado , continuou atendendo a população que pagava com dinheiro . 

Em 1996 o prefeito de São Paulo assinou contrato com o sindicato dos transportes coletivos para instalação da catraca eletrônica nos 12 mil ônibus que circulavam na cidade . A iniciativa tirava o emprego de parte dos 25 mil cobradores que trabalhavam à época . Greves contra a demissão dos cobradores paralisaram a maior cidade da América Latina . A implantação do sistema de cobrança eletrônica só veio acontecer de fato dois anos depois , em três linhas que operavam no corredor de trólebus. 

Em 1998 um projeto de lei proibia a instalação de catraca eletrônica nos ônibus da cidade de Caxias do Sul / RS , visando a manutenção dos empregos dos cobradores . Mas no ano 2000 , a renovação da concessão da prefeitura  a Viação Santa Tereza - Visate , exigia a implantação da catraca eletrônica , para que pudesse ser feita a integração física - tarifária através do bilhete eletrônico . 


Um dos primeiros modelos popularizados do equipamento , em operação na cidade de Caxias do Sul

A cidade de Santos / SP implantou a catraca eletrônica em 1998 , em meio a protestos do sindicato contra a extinção dos cobradores. 331 ônibus das 40 linhas municipais começaram a operar com catraca eletrônica . 

Em 1999 um projeto de lei que proibia a instalação de catraca eletrônica nos 6 mil ônibus que circulava no estado do Rio de Janeiro foi aprovado . O medo era que o equipamento viesse acometer o empregos dos cobradores . 

No ano de 2004 a bilhetagem eletrônica foi implantada no  sistema público de ônibus de Curitiba , substituindo os antigos vale transporte de papel e em níquel . 

Integração temporal e retirada dos cobradores

Nós últimos anos a população do Grande Recife tem visto mudanças no modo de utilizar ônibus na região , o uso do cartão VEM passou a ser quase que obrigatório na maior parte das linhas operadas no sistema.

O cartão eletrônico é essencial para ocorrer a integração temporal , onde o passageiro pode utilizar mais de uma linha em um espaço de tempo sem ter que pagar uma nova passagem . A problemática é que esse uso difundido do VEM levantou uma questão que se temia desde a modernização do sistema ainda nos anos 80 , como visto acima , trata - se dá extinção dos cobradores dentro dos ônibus , motivos de muitos protestos e greves no Grande Recife e outras cidades do Brasil. 


Pesquisa : Inovações no transporte público de Curitiba - dissertação de mestrado . Diário Oficial de Pernambuco . 



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