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quarta-feira, 13 de março de 2019

Reciferal , conheça a fábrica da montadora carioca que funcionou em Jaboatão

Não foi só a Caio Norte , Pernambuco já teve outra montadora de ônibus !

A Reciferal foi constituída em abril de 1967 , como sociedade anônima , que tinha como objeto a fabricação , reforma e conserto de carroçarias de ônibus e de outros veículos de transporte ; Além disso , fabricação de partes de peças e acessórios desses veículos , a comercialização de produtos , a revenda e e representação comercial de produtos afins. Em resumo a Reciferal tinha como principal objetivo inicial reformar carroçarias comercializadas pela Ciferal Comércio e Indústria na região .

A firma foi instalada na rua Eng. José Brandão Cavalcanti , 171 , onde hoje existe a Igreja de Jesus Cristo , na Imbiribeira . Em 1972 a primeira unidade produzida na fábrica foi comercializada.

A fábrica de Prazeres

Em abril de 1976 . a Nápoles adquiriu duas unidades do modelo Líder 76 , apresentados em evento no Cabanga. Na entrega dos ônibus , anunciou-se o projeto de construção de uma nova fábrica , esta localizada no bairro de Prazeres , em Jaboatão dos Guararapes. Com capacidade instalada para fabricação de 50 unidades modelo rodoviário e urbano, tipo comercial ou equipado com ar condicionado , a nova fábrica seria a responsável por produzir ônibus para o mercado nordestino.

Em maio de 1977 a Autoviária senhor do Bonfim inaugurou linha para Maceió com ônibus executivos adquiridos da Reciferal .

No segundo semestre de 1977 a Reciferal entregou 15 unidades do modelo Líder/77 a Autoviação Progresso.

Em 1978 a Reciferal chegou a encarroçar 10 veículos mensalmente. E neste ano saiu de sua linha de produção o primeiro modelo urbano .

Recorte de jornal digital Diário de Pernambuco

Local onde funcionou a Reciferal , próximo a Coca - Cola ( Guararapes )

Numa imagem ampliada do satélite pode ser visto o nome Reciferal no telhado do galpão

Curiosidade : a Reciferal fez parte do capital social da empresa de transportes coletivos Transcol.

Em setembro de 1978 a Reciferal já funcionava a todo vapor , produzindo 25 unidades mensais ; a Borborema recebeu 20 unidades de um total de 50 encomendados a mais nova filial da Ciferal , com sede no Rio de Janeiro.

Em fevereiro de 1979 a Reciferal entregou 25 ônibus tipo urbano a Expresso Vera Cruz .

Em maio de 1979 a Borborema adquiriu 50 unidades na Ciferal , na época o Grupo Borborema já operava 28 linhas intermunicipais no estado e 9 linhas urbanas na capital , além de 5 interestaduais.

Em setembro de 1979 a Reciferal ofereceu um coquetel para os empresários na apresentação das suas novas carrocerias : Araguaia , Tocantins e Solimões.

No ano de 1980 a Reciferal já produzia 30 ônibus por mês , e visava ampliar essa capacidade de produção .

Ciferal Tocantins operando pela Borborema , foto Bus do Vanderbilt

Em dezembro de 1980 , no 1° Salão Autoenergético , foi exposto o modelo rodoviário Araguaia , produzido na fábrica da Reciferal.

A Autoviação Progresso adquiriu algumas unidades do rodoviário Araguaia

Ciferal Tocantins da Transportadora Itamaracá , depois transformado num citytour

No começo dos anos 80 começou a ser produzido pela Reciferal o mais recente lançamento da Ciferal , o modelo Iguaçu

O fechamento da Reciferal

Em 1981 a Reciferal colocou a venda as instalações antigas , localizadas na Imbiribeira , concentrando na fábrica de Prazeres todos os serviços ; .

Em dezembro de 1981 a Reciferal demitiu 86 empregados , em abril de 1982 os empregados ainda não haviam recebido as indenizações , pois a empresa atravessava uma séria crise financeira. Em 1982 a empresa começou a atrasar o salário dos empregados, em meio a uma crise financeira que o setor metalúrgico passava

Cideral da Transcol , trafegando pelo centro do Recife

Em julho de 1982 a Reciferal começou a tirar todas as máquinas da fábrica de Prazeres e depositá-las na garagem da Transcol , empresa de propriedade do grupo. Denúcia feita pelo sindicato dos metalúrgicos , que suspeitou da ação onde segundo o sindicato , os maquinários foram retirados da fábrica no intuito de evitar o leilão para pagamento dos mais de cem empregados demitidos em dezembro de 1981 e que ainda não tinham recebido as indenizações. Além disso o sindicato afirmou que a Reciferal continuava demitindo e contratando novas pessoas , mas com salário bem abaixo dos antigos . Em novembro de 1982 a delegacia do trabalho recebeu verbas para o pagamento do auxílio - desemprego aos demitidos da Reciferal .

Contribuiu para a crise na Reciferal a não renovação da frota por parte dos empresários de ônibus , o que causava ainda mais demissões , aliado a isso , o mercado nordestino ganhava um concorrente de peso , a Nielson , que expandiu a comercialização de seus ônibus na região. A Reciferal fechou em 1984.

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